domingo, 3 de fevereiro de 2008

Soneto do amor total


Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante...
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te enfim. com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo derrepente
hei-de morrer de amar mais do que pude.
(Vinicius de Morais)